Metodologia de Integração Cromatográfica

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    A – OBJETIVO

    Estabelecer
    o procedimento para usar softwares integradores para fornecer
    resultados de boa qualidade.

    B
    – ALCANCE

    • Departamento
      de Controle da Qualidade: Laboratório físico-químico.

    C
    – Abrangência

    • Analistas,
      Técnicos de Laboratório de Controle da Qualidade

    D – DEFINIÇÕES

    1.
    Cromatograma:
    É
    uma representação gráfica da resposta do detector e representa a
    concentração do analíto através do tempo.

    2.
    Tempo de Retenção (TR):
    É
    o tempo necessário de eluição de um analíto desde sua injeção
    no equipamento, passando pela coluna até atingir seu ponto mais alto
    de detecção.

    3.
    Tempo Morto (T0):
    O
    É
    definido como tempo morto, partindo de zero até o tempo que uma
    substância injetada e que não tenha nenhuma interação com a
    coluna. Pode ser interpretado também como o sinal referente ao
    volume morto, ou seja, também conhecido como atraso de volume, que é
    o volume de eluente necessário para passar por toda a tubulação e
    coluna até chegar ao detector.

    4.
    Tempo de Retenção Relativo (TRR ou RRT):
    É
    definido como a razão entre os tempos de retenção, onde o pico
    principal é o divisor.

    5.
    Pratos Teóricos:
    É
    definido como um parâmetro de desempenho de uma coluna. Os pratos
    teóricos medem a eficiência da coluna: quanto maior o número de
    pratos teóricos, maior o número de interações com a coluna.

    6.
    Resolução:
    A
    resolução entre picos é medida para garantir que o sistema tenha o
    poder de resolução para separar os componentes durante a eluição
    de uma mistura.

    É
    definido como parâmetro que mede a separação entre dois picos.

    7.
    Fator de Cauda (Simetria):
    O
    fator de cauda, também conhecido como fator de simetria, ele
    estabelece a máxima assimetria admissível do pico. Para um pico
    simétrico, o fator de cauda, é de 1,0.

    8.
    Razão Pico/Vale:
    A
    razão p/v pode ser utilizada como critério de adequação do
    sistema em testes de substâncias relacionadas quando a separação
    de linha de base entre dois picos não é obtida. Onde a altura acima
    da linha de base extrapolada do menor pico é dividida pela a altura
    acima da linha de base extrapolada ao ponto mais baixo da curva que
    separa o menor e o maior pico.

    9.
    Sinal/Ruído:
    A
    relação sinal/ruído (S/N) é um parâmetro útil de adequação do
    sistema. Onde o ruído é a diferença entre os maiores e os menores
    valores de ruído levando em conta a flutuação do sinal.

    10.
    Fator de Capacidade (K):
    É
    definido como a relação entre a quantidade de soluto na fase
    estacionária e a quantidade de soluto na fase móvel.

    11.
    Precisão:
    A
    precisão é uma medida de quão próximo o resultado experimental
    estão do “valor verdadeiro”.

    12.
    Exatidão:
    A
    exatidão diz respeito à determinação de um valor exato e o mais
    próximo possível do valor concreto.

    13.
    Linha de Base
    :
    É o sinal produzido pelo detector quando nenhum pico está sendo
    detectado. Exemplo: quando somente está sendo eluindo certo solvente
    durante certo tempo, a linha de base deve se assemelhar a uma reta.

    Início
    e Fim do Pico –

    14.
    Área:
    É
    a região acima da linha de base construída.

    15.
    Largura do pico (Peak width)
    :
    É o valor da largura do pico em segundos, medido do ponto inicial do
    pico até o ponto final do pico.

    16.
    Limiar do pico (Threshold):

    O limiar de decolagem ou aterrissagem define a inclinação mínima
    do sinal em μV/s da qual é detectado um pico. O software examina os
    pontos individuais e mede a inclinação do sinal em intervalos de
    pontos e depois determina onde inicia ou termina um pico.

    17.
    Ponto de Vale:
    Geralmente
    uma diminuição e um aumento de sinal no início do cromatograma.
    Causado principalmente pela depressão da injeção, solvente da
    injeção e picos não retidos.

    18.
    Pontos de Inflexão:
    São
    os pontos onde há uma brusca mudança de direção na resposta do
    detector mostrado no cromatograma. É comum ocorrer no cume do pico e
    entre dois picos mal resolvidos.

    19.
    Picos Resolvidos:

    É o ponto onde o detector se desvia da linha de base e onde retorna
    a linha de base, respectivamente.

    20.
    Picos Mal Resolvidos:
    São
    picos onde não há uma clara separação entre os picos, ou há uma
    coeluição parcial ou total com picos próximos. Também podem se
    apresentar como picos onde não houve um retorno da linha de base,
    tal como no início do pico.

    21.
    Eluição:

    – O processo de movimentação de compostos da cromatografia.

    22.
    Coeluição:

    – A eluição simultânea de dois ou mais compostos para o detector
    em o mesmo tempo.

    23.
    Picos negativos:

    Picos negativos em cromatogramas são perturbações repentinas no
    sinal cromatográfico abaixo da linha de base normal.

    24.
    Carry-over:
    É
    resultado da contaminação do sistema e resulta em um sinal não
    relacionado à análise atual.

    25.
    Suavização de pico (Smoothing):
    A
    suavização de pico aplica um algoritmo para dar uma aparência de
    pico mais agradável e mais fácil de integrar.

    25.1
    Smoothing
    Médio
    :
    O algoritmo de média é um algoritmo simples e básico, usa técnica
    de filtragem onde a média de um conjunto de entrada é usada para
    gerar um valor de saída. Este algoritmo tem uma tendência a reduzir
    a amplitude do sinal porque os ápices de pico são calculados para
    baixo com os valores mais baixos que cercam eles. A média móvel é
    um algoritmo primitivo, mas pode ser útil nos casos em que os picos
    são relativamente amplos (mais de 30 segundos).

    25.2
    Smoothing
    Savitzky-Golay
    :
    O algoritmo Savitzky-Golay foi originalmente desenvolvido para
    espectroscopia, mas funciona bem para outros conjuntos de dados. Este
    algoritmo calcula a média dos pontos em um conjunto de dados, mas
    primeiro multiplica cada ponto por um fator de ponderação. Os
    fatores, que são derivados de polinômios de segundo e terceiro
    graus, dão a maior ênfase ao ponto central do conjunto de dados, e
    progressivamente menos ênfase aos pontos mais longe. A distorção
    dos ápices dos picos é minimizada com este algoritmo.

    E
    – PROCEDIMENTOS

    1. Processamento
      dos resultados

      1. Abrir
        a pasta dos resultados e selecionar as injeções de interesse.

      2. Verificar
        se todas as informações das injeções estão corretas.

      3. Salvar
        e iniciar o processamento.

      4. Criar
        um método de processo.

      5. Selecionar
        os parâmetros de integração adequados
        para correta determinação.

      6. Quando
        aplicável criar método de calibração.

      7. Salvar
        os resultados.

      8. Imprimir
        com o relatório apropriado.

    1. Técnicas
      de Integração

    1. As
      técnicas
      de integração são aplicáveis no uso de programas de computador
      que manuseiam os dados cromatográficos. O uso das funções desses
      programas deve ser adequado para correta determinação e
      quantização.

    1. O
      sistema integrador do programa deve conter a linha de base, as
      marcas do início e fim de cada pico e a identificação de cada
      pico.

    Figura
    1: Representação de cromatograma

    1. Nenhum
      tipo de técnica de integração pode melhorar cromatogramas
      provenientes de baixa qualidade cromatográfica.

    1. O
      uso de técnicas de integração automático é preferível, pois o
      programa aplica as funções configuradas pelo usuário nos
      processamentos, sendo assim, a mesma regra é aplicada em todos os
      cromatogramas dentro de um mesmo processamento.


    1. a integração manual é uma técnica a ser evitada, e o motivo de
      sua utilização deve ser claramente explicado.

    NOTA:
    Devido
    à complexidade de diversos tipos de cromatogramas, o uso das
    técnicas de integração deve ser avaliado antes da utilização.

    1. O
      programa deve permitir posteriores integrações, principalmente em
      casos de impurezas e cromatogramas complexos.

    1. O
      programa deve calcular automaticamente os parâmetros de
      adequabilidade do sistema como Desempenho de Separação,
      Assimetria, Resolução entre outros.

    1. A
      frequência de aquisição de dados do detector precisa ser adequada
      para o tipo de cromatograma desejado.

    1. O
      programa integrador deve indicar o início do pico, o fim e pontos
      de vale do cromatograma corretamente.

    Figura
    2: Exemplificação sobre reconhecimento de picos

    1. Os
      pontos de vale não podem interferir na correta separação de picos
      parcialmente resolvidos.

    1. A
      localização correta da linha de base é essencial para uma correta
      interpretação da acurácia do pico, sendo assim a linha de base de
      uma amostra deve se assemelhar ao máximo com a linha de base de um
      branco em corridas semelhantes. Uma vez que os picos estão
      resolvidos e identificados dentro do cromatograma, o algoritmo de
      integração do programa desenha uma linha de base desde o início,
      até o final de cada pico ou de grupo de picos.

    1. Um
      pico pode ter quatro tipos principais de construção: Linha de Base
      a Linha de Base (BB);
      Linha de Base a Vale (BV);
      Vale a Linha de Base (VB);
      Vale a Vale (VV).

    Nota:
    A capitalização do rótulo indica o seguinte:

    • Letras
      maiúsculas – A integração foi realizada automaticamente pelo
      software.

    • Letras
      minúsculas – A integração foi realizada manualmente.

    Por
    exemplo, um rótulo de linha de base de Bb indica que enquanto o
    início e o fim do pico são ambos resolvidos na linha de base, o
    início do pico foi integrado automaticamente pelo software e a
    extremidade do pico foi ajustada manualmente.

    1. Os
      parâmetros de integração devem ser capazes de identificar
      corretamente estas construções da linha de base.

    1. Onde
      ocorrer mudanças na linha de base que se verifique através de
      branco, motivadas principalmente por mudanças de gradiente de
      eluentes ou temperatura, por exemplo, a linha de base deve ser
      construída de forma a minimizar os erros de integração dos picos
      de interesse.

    1. Durante
      a eluição em gradiente, a composição do eluente irá mudar e,
      assim, a sua resposta no detector. Isso normalmente se manifesta
      como um aumento gradual na resposta durante o gradiente em função
      do tempo. Para compensar a alteração nas propriedades, um
      comprimento de onda de referência pode ser definido.

    1. Desvios
      negativos na linha de base podem ocasionar erros na interpretação
      do início de um pico ou no final. Estes erros de interpretação
      podem ser minimizados por inibição de picos negativos ou outra
      ferramenta que evite o problema.

    Figura
    3: Exemplificação sobre desvio na linha de base

    1. A
      subtração da linha de base deve ser usada somente quando for
      demonstrado que a linha de base é reprodutível, e ainda usada com
      atenção.

    1. A
      linha de base é considerada aceitável se o sinal do ruído permite
      integrações consistentes e precisas. Isso pode ser verificado
      através do branco, quando ele demostrar nenhuma anomalia que possa
      ser significante para resultar em integrações e interpretações
      errôneas.

    1. O
      inicio e o fim dos picos resolvidos é o ponto onde o detector se
      desvia da linha de base e onde retorna a linha de base,
      respectivamente.

      1. O
        algoritmo do software deverá calcular a área total do pico
        adicionando as áreas para cada intervalo de ponto de dados entre o
        início do pico e o fim do pico.

      1. A
        Largura do pico (Peak width) determina um fator de agrupamento
        durante a detecção de pico. O valor da largura de pico pode
        aumentar a sensibilidade e permitir que picos relativamente
        pequenos sejam devidamente integrados, entretanto, em picos
        maiores, podem não ser detectados adequadamente. O valor da
        largura deve ser ajustado para se obter picos devidamente
        integrados.

      1. O
        Limiar do pico (Threshold) define a inclinação mínima do sinal
        da qual é detectado um pico. O valor de threshold é uma medida de
        declive que o software usa para determinar os pontos iniciais e
        finais durante a detecção de pico. Um valor de threshold
        relativamente baixo aumenta a sensibilidade e pode permitir que
        picos relativamente pequenos sejam devidamente integrados. Se
        muitos picos de ruído estiverem sendo integrados na linha de base,
        aumentar o valor de threshold pode impedir que esses pequenos picos
        sejam integrados.

    1. O
      critério de Área Mínima determina a área mínima necessária
      para que um pico integrado seja incluído na lista de picos. Se a
      área do pico integrado ficar abaixo do valor definido, o pico é
      removido da lista de picos. Se a área for igual ou maior que o
      valor ajustado, o pico será integrado.

    1. O
      critério Altura Mínima determina a altura mínima necessária para
      que um pico integrado seja incluído na lista de picos. Se a altura
      do pico integrado ficar abaixo do valor ajustado, o pico é removido
      da lista de picos. Se o valor absoluto da altura for maior ou igual
      ao valor definido, o pico é integrado.

    Nota:
    A área mínima e a altura mínima são úteis para remover pequenos
    picos integrados. Definir um valor elevado para esses parâmetros
    pode fazer com que os picos integrados sejam rejeitados como ruído.
    Inversamente, um valor baixo pode fazer com que os ruídos de linha
    de base sejam integrados como picos.

    1. O
      evento de Inibição de Integração inibe a detecção de qualquer
      pico em um determinado intervalo de tempo, seja ele positivo ou
      negativo. Se este evento se sobrepõe a um pico, ele pode afetar a
      detecção do pico sobreposto. Este evento requer um tempo de início
      e um tempo de fim. O evento não tem um valor. Esse evento pode
      sobrepor todos os outros eventos.

    1. A
      relação pico/vale pode ser empregada como um critério de
      adequabilidade quando não se busca a separação entre dois picos
      na linha de base. A razão se dá pela a altura do pico menor acima
      da linha de base com a altura no ponto mais baixo da curva, que
      separa os picos menores e maiores, acima da linha de base.

    1. A
      separação
      de Picos Mal Resolvidos ou picos que não são completamente
      separados podem ser extrapolados de três maneiras: por retas
      perpendiculares a linha de base, extrapolação tangencial ou
      exponenciais, por vale e vale.

    Figura
    4: Exemplificação sobre separação de picos

    Nota:
    Deve-se notar que o uso de tangentes irá subestimar a área do pico
    maior e na maioria dos casos, a exponencial irá superestimar a área
    do pico menor. Sendo assim o uso de extrapolação exponencial é uma
    técnica recomendada para estimar a área do pico maior e o uso de
    extrapolação tangencial é uma técnica recomendada para estimar a
    área do pico menor.

      1. De
        qualquer forma, a menos que especificado diferentemente na
        monografia, para picos que não estejam completamente separadas, de
        preferência, devem sem extrapoladas tangencialmente por vale a
        vale da linha de base de vale a vale.

      1. Forcar
        pico (Force
        Peak
        )
        controla
        a integração de pico com base na janela de tempo de início e
        término especificado. Quando habilitada o software trata a janela
        de tempo como o novos pontos de início e fim de pico e desenha a
        nova linha de base entre os dois pontos. O uso de Force
        Peak

        deve ser evitado, pois esse evento sempre força um pico mesmo
        quando não haveria um pico a ser integrado no intervalo definido,
        isso inclui forçar um pico durante um evento de Inibição de
        Integração. Quaisquer picos que se sobrepõem ao pico criado pelo
        evento Force
        Peak

        serão excluídos.

    1. O
      ruído da linha de base (Noise)
      dificulta a medição das áreas de pico e, portanto, reduz a
      confiança nos resultados da análise. De preferência rejeitar
      cromatogramas com o ruído de linha de base muito intenso.

    1. Para
      determinar o Ruído de Linha de Base (Noise), deve se selecionar um
      intervalo de tempo mais próximos do pico de interesse onde a linha
      de base for mais estável. A amplitude desse intervalo deve ser de 2
      a 4 vezes a largura do pico de interesse mais estreito medido à
      meia-altura. O ruído é calculado pela absorbância mínima e
      máxima na região especificada, então, o intervalo de ruído
      selecionado não pode conter nenhum pico que tenha absorbância e
      flutuações na linha de base. Para ensaios com gradiente,
      preferencialmente definir um intervalo em uma parte isocrática.

    1. A
      relação sinal-ruído (S/N) é a razão entre a altura de um pico
      sinal medido e o ruído. O S/N estabelece um limite para a menor
      quantidade de soluto que pode ser detectada como um único pico. A
      menos que especificado diferentemente na monografia, é recomendado
      um S/N maior ou igual a 10.

    1. Usar
      o parâmetro USP
      S/N

      para calcular o valor de Sinal-Ruído, pois alguns Softwares podem
      trazer como padrão o parâmetro s/n,
      que tem a fórmula de cálculo divergente aos critérios
      farmacopeicos.

    Nota:
    O USP
    S/N

    é calculado como: S/N = 2 x (Altura – (0,5 x Ruído / Escala)) /
    (Ruído / Escala).

    1. O
      uso de Smoothing deve ser evitado, porem se feito corretamente, os
      picos deveram refletir com precisão a área do pico verdadeiro
      quando integrados adequadamente. A suavização excessiva pode
      comprometer o sinal, portanto, é preciso ter cuidado e seu uso
      deverá ser justificado.

    Nota:
    É recomendo, quando necessário, o uso do algoritmo Savitsky-Golay
    em vez da Média,
    porque isso não afetará a forma do pico, a menos que exagere
    seriamente. Basicamente o algoritmo Savitsky-Golay
    ajusta uma curva polinomial através de uma sucessão de pontos, e
    escolhe o ponto no meio da curva como o ponto de melhor ajuste. Isso
    significa que ele pode se curvar em torno dos inícios e finais
    curvilíneos dos picos, onde a Média
    manchará o pico e o tornará mais largo. Além disso, é realmente
    muito difícil recomendar parâmetros ideais, porque a suavização
    realmente interage com o integrador.

    1. Critérios
      de
      Integração

      1. Todas
        as injeções deveram ser processadas, conforme os critérios de
        requeridos pela metodologia.

      1. Para
        avaliação dos critérios cromatográficos deve-se consultar o
        Método
        Geral MG-FQ-0051
        .
        Preferencialmente usar os parâmetros da Farmacopéia Americana
        (USP).

      1. É
        importante a escolha de uma definição de Limiar (threshold) e
        Largura do pico (Peak Width) apropriados para a integração das
        áreas dos picos.

      1. Critérios
        de Rejeição de picos (Mínima Área, Mínima Altura e Inibição
        de Integração) devem ser aplicados de forma apropriada.

      1. No
        processamento dos dados identificar os picos
        principais.

      2. Nos
        cromatogramas da solução padrão devem ser integrados somente os
        picos de interesse e preferencialmente acima do LQ.

      1. Nos
        cromatogramas
        da
        solução amostra deveram ser processados descartando picos dentro
        do V0, abaixo do LQ e provenientes do placebo e/ou diluente.

      1. Preferencialmente
        utilizar a solução padrão para avaliar os critério de
        adequabilidade do sistema e os parâmetros cromatográficos, como,
        pratos teóricos, fator cauda e desvio padrão relativo para
        replicatas das injeções.

      1. Preferencialmente
        processar a Solução Padrão e a Solução Amostra com os mesmos
        critérios de integração.

      1. Pode
        ser necessario processar de forma isolada as Soluções de
        Adquabilidade do Sistema, nesse caso usar os mesmos critérios e
        parâmetros entre as mesmas injeções do início ao fim da
        análise.

      1. Para
        o ensaio de Impurezas pode ser necessario processar de forma
        isoladas a Solução Amostra, nesse caso usar os mesmos critérios
        e parâmetros de integração para as replicatas da Amostra.

      1. Para
        o ensaio de Impurezas quando é utilizado amostra muito concentrada
        onde o pico principal saia do intervalo de linearidade, resultando
        em picos distorcidos, os critérios cromatograficos para Fator de
        cauda, Pratos Teóricos e Perfil do pico não seram aplicados e
        poderam ser adotados parâmetros de integração de forma isolada e
        adequada para cada pico distorcido entre as replicatas da Amostra.

      1. Não
        fazer uso de integração manual.

      1. No
        processamento dos dados da fase móvel, diluente e/ou placebo,
        identificar os picos
        preferencialmente
        acima do LQ com
        sequencia numérica crescente ao TR. (Ex: Pico Diluente 01, Pico
        Diluente 02… Pico Placebo 01, Pico Placebo 02…).

      1. Picos
        abaixo do LQ quando integrados não precisam ser nomeados.

      1. Todos
        os picos não desconsiderados no cromatograma devem ter sua área
        quantificada.

      1. No
        processamento dos dados da amostra os picos das impurezas
        desconhecidas devem ser identificadas pelo seu tempo de retenção
        relativo em relação ao tempo de retenção do pico principal.
        (Ex: Imp. Desc. TRR 0,154, Imp. Desc. RRT 0,549…).

      1. Idealmente,
        os picos de placebo devem estar presentes no cromatograma da
        amostra e devem ser semelhantes.

    Nota:
    Um placebo deverá ter todos os excipientes usados na fabricação do
    produto assim como deve passar pelas mesmas etapas de fabricação,
    mesmo que feito em escala de laboratório, e sua preparação deve
    receber o mesmo tratamento que a amostras para não ocorrer
    alterações durante o teste quanto ao número de picos e suas aréas.

      1. Se
        os resultados indicarem que o pico de placebo presente na amostra é
        maior que 20% de sua área na solução placebo, deve-se então
        considerá-lo como pico de impureza e quantificá-lo. Para
        descartar picos com variação maior que 20%, deve ser apresentada
        justificativa técnica.

      1. Não
        é aplicavel estimar um pico de impureza subtraindo a área do pico
        do placebo com o mesmo TR.

      1. Não
        deve ser detectada interferência, mas caso
        detecte algum pico na solução placebo que elua no mesmo tempo de
        retenção do ativo avaliar a interferência deste pico em relação
        à solução padrão. A interferência permitida será de no máximo
        5,0%.

      1. A
        pureza de pico quando aplicável deverá ser avaliada com o valor
        de Purity Angle (PA) menor que o de Purity Threshold (PH), com a
        linha do gráfico de Purity abaixo e em nenhum momento cruzando com
        a linha de Auto Threshold.

      1. No
        gráfico de pureza de pico apresentar o M (maior diferença
        espectral) diferenciando as linhas para melhor avaliação,
        apresentando distinção entre si. Exemplo: linha contínua e
        pontilhada.

      1. Ao
        final, sobrepor os cromatogramas nos diferentes tempos e observar o
        aparecimento de picos secundários e alterações no perfil
        cromatográfico.

      1. Criar
        um report e imprimir os resultados.

    1. Critérios
      de
      Quantificação

      1. Durante
        a quantificação, devem ser ignorados os picos causados por
        solventes e reagentes provenientes da fase móvel ou da matriz de
        amostra.

      1. Normalização:
        O teor percentual de um componente do material de ensaio é
        calculado determinando a área do pico correspondente como uma
        percentagem da área total de todos os picos, excluindo aqueles
        devidos a solventes ou reagentes ou provenientes da fase móvel ou
        da matriz de amostra e aqueles abaixo do limite em que podem ser
        desconsiderados;

      1. Procedimento
        de Calibração: É determinada a relação entre o sinal (a
        resposta obtida pelo detector) medido no eixo y e a quantidade de
        substância (por exemplo, concentração ou massa) no eixo x e
        calculada uma função. Os resultados analíticos são calculados a
        partir do sinal medido no eixo y, extrapolando sua posição na
        curva de calibração no eixo x. A curva de calibração representa
        a relação entre a resposta do instrumento e a concentração de
        analito conhecida.

    4.3.1 Padrão
    Externo: A concentração de cada componente quantificado é
    determinada comparando a resposta da solução padrão com a resposta
    obtida com a solução amostra;

    4.3.2 Padrão
    Externo + Interno: Quantidades iguais do padrão interno são
    introduzidas na solução amostra e solução padrão. As razões
    entre a área da solução padrão com a área do padrão interno são
    utilizadas para determinar os analítos comparando com a razão da
    área da solução amostra com a área do padrão interno.

      1. Procedimento
        Recuperação: É a eficiência de extração de um método
        analítico, expressa em percentagem na quantidade de um analito,
        obtida a partir da comparação dos resultados analíticos através
        de curva de calibração.

      1. Preferencialmente
        o
        intervalo da linearidade deve abranger:
        para
        teor, de 80% (oitenta por cento) a 120% (cento e vinte por cento);
        para uniformidade de conteúdo, de 70% (setenta por cento) a 130%
        (centro e trinta por cento); para teste de dissolução, de -20%
        (menos vinte por cento) da menor concentração esperada a +20%
        (mais vinte por cento) da maior concentração esperada a partir do
        perfil de dissolução; para determinação de impurezas, do limite
        de quantificação até 120% (cento e vinte por cento) da
        concentração no limite da especificação de cada impureza
        individual; para determinação simultânea de teor e impurezas, do
        limite de quantificação (LQ) até 120% (cento e vinte por cento)
        da concentração esperada da substância ativa.

      2. Quando
        impurezas precisam ser determinadas com maior certeza, pode ser
        usado um padrão da própria impureza ou aplicado um fator de
        correção com base na resposta da impureza em relação à da
        componente principal.

      1. Quando
        o ensaio de impurezas não contiver o limite abaixo do qual um pico
        é desprezado, integrar a área de todos os picos.

    1. Critérios
      de
      Notificação

      1. Todos
        os cromatogramas deverão apresentar os parâmetros do instrumento
        e o caminho onde os dados foram adquiridos.

      1. Todos
        os cromatogramas deverão apresentar pelo menos o nome da injeção,
        o tempo de rentenção, área, pratos teóricos e fator cauda.
        Observar no método a exigência de outro parâmetro e o mesmo deve
        ser incluído no cromatograma.

      1. A
        escala dos cromatogramas deverá ser ajustada para 100% do pico
        princial nas soluções padrão e para as demais soluções de
        adequabilidade poderá ser ajustada de forma que visualize o
        critério de adequabilidade estabelecidos na metodologia.

      2. A
        escala dos cromatogramas da amostra deverá ser ajustada
        preferencialmente para que sejam visualizados todos os picos de
        interesse de forma clara.

      3. Os
        critérios de adequabilidade do sistema podem variar de acordo com
        a metodologia a ser validada. Caso presente nos reports os
        parâmetros abaixo, preferencialmente deverão seguir o número de
        casas decimais:

    Parâmetro


    casas
    decimais

    Tempo
    de
    retenção

    2

    Tempo
    de
    retenção
    relativo

    3

    Área

    0

    Concentração

    5

    Fator
    Mutiplicativo

    5

    Fator
    Divisor

    5

    Fator
    Cauda

    1

    Pratos
    Teóricos

    0

    Sinal/Ruído

    0

    Resolução

    1

    Fator
    de
    capacidade

    1

    Média

    De
    acordo
    com
    o
    parâmetro
    da
    metodologia

    Desvio
    padrão

    2

    Desvio
    padrão
    relativo

    2

    Resultado

    De
    acordo
    com
    o
    parâmetro
    da
    metodologia

    1. Regras
      de Arredondamento

    6.1
    A regra de arredondamento de casas decimais dos resultados
    obtidos nas análises a serem relatados segue conforme CQG.018 –
    REGRAS PARA REPORTE DE RESULTADOS DE DADOS ANALÍTICOS.

    6.2
    O arredondamento somente deve ser aplicado ao resultado final
    relatado sendo que todos os resultados finais obtidos nas análises
    devem ser reportados com a mesma quantidade de casas decimais da
    metodologia analítica.

    6.3
    Para métodos de Impurezas em primeiro lugar arredondar para o
    numero de casas do menor limite do método, em seguida avaliar se os
    dados serão desconsiderados e depois fazer a média e a soma dos
    resultados.

    Nota:
    Picos abaixo do limite de desconsideração não devem ser somados ao
    total.

    6.4
    O arredondamento feito pelo software deve obedecer às regras
    acima citadas.

    6.5
    Quando não for detectado pico de impureza em apenas uma das
    amostras reportar somente a impureza detectado sem fazer média.

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